Multicentro é alternativa para qualificar mobilidade urbana
18 de novembro de 2014 |
Estratégias de desenvolvimento multicentro – onde as cidades não têm uma única zona central – foram apresentadas ao público no segundo dia do Seminário Nacional pelo especialista em Políticas Públicas Geraldo Freire Garcia, da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades. “Facilita o planejamento e o transporte público pois a cidade se desloca em vários sentidos o dia todo”, explica, lembrando que o sistema é muito utilizado no Japão.
Ele refere-se, principalmente, à região metropolitana de Tóquio, cidade onde esteve em 2013. Embora o número de habitantes seja de 37 milhões de pessoas, é uma cidade limpa, organizada, moderna e com pouco trânsito. Garcia destaca que Tóquio tem um trânsito menor do que o de qualquer cidade brasileira com mais de 1 milhão de habitantes.
Além de discorrer sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana, “uma legislação moderna e que traz boas práticas”, ele trouxe outros bons exemplos de mobilidade urbana na Europa, mencionando cidades como Amsterdã, Bruxelas e Berlim. No Brasil, cita como case de sucesso o transporte de Criciúma (SC).
Na lista de bons exemplos, também está o Porto Maravilha (RJ), projeto em execução que consiste na revitalização da região portuária que sofreu grande degradação nas últimas décadas. A obra deverá ficar pronta para as Olimpíadas de 2016. A palestra integra o módulo 4 do Seminário Nacional: O Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Urbano Sustentável, que segue até amanhã (quarta-feira, 19 de novembro), em Cuiabá (MT).
A programação antecede o 38º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA), que começa oficialmente no dia 20.