Dia da Habitação e o papel dos arquitetos e urbanistas
21 de agosto de 2018 |
O 21 de agosto é o Dia da Habitação e uma data para se refletir sobre a qualidade das moradias no Brasil. Ter um lugar é direito básico e para ter uma moradia com qualidade a ajuda do arquiteto e urbanista é essencial. A arquiteta Vanessa Bressan Koehler reforça que “a data faz refletir sobre a importância do trabalho do arquiteto como um impulsionador de qualidade de vida”. Para ela, “garantir moradias adequadas bem planejadas é sinônimo de qualidade de vida”.
Os país ainda gatinha no quesito qualidade de vida. Grande parte da população de baixa renda fica à margem do mercado imobiliário legal e busca formas irregulares de habitação ou ocupação do solo. Apesar de o governo abrir programas de financiamento habitacional para acesso à casa própria, muitos não possuem os meios necessários para arcar com os custos desses financiamentos e são obrigados a ocupar loteamentos clandestinos. Quando se fala em loteamentos clandestinos, também se pensa em intervenções irregulares e arriscadas no meio ambiente.
Mato Grosso, por exemplo, possui um déficit habitacional de aproximadamente 85 mil unidades, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015.
Nestas situações é que se encontram as oportunidades e desafios para os arquitetos e urbanistas, bem como para os demais profissionais atuantes na construção civil e governantes. O Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT) estima que entre 8 e 10 mil unidades são construídas ao ano no Estado.
“Hoje, especialmente, 21 de agosto, meditemos sobre o direito à moradia. Como é bom nos sentirmos felizes e acolhidos em nossas moradias, repletas de conforto e segurança. Agora se coloquem no lugar dos mais de 70 milhões de brasileiros que, ainda não tem esse direito. Nós, profissionais de Arquitetura e Urbanismo, temos as soluções técnicas e os governantes possuem as ferramentas. Temos de desenvolver juntos possibilidades de proporcionar este direito à sociedade”, analisa a arquiteta Silvana Valério.
O arquiteto José Portocarrero pontua que os profissionais podem e devem procurar aumentar a eficiência e a eficácia da produção de habitações. “Os arquitetos podem defender novas soluções estruturais para diversificar a construção de casas, seja qual for a escala”, explica ele.
Simone Alves, Comunicação CAU/MT