Estudantes de arquitetura e urbanismo realizam pesquisa sobre a Arena Pantanal
| 7 de julho de 2015 |
Nesta segunda-feira (6), um grupo de estudantes de arquitetura e urbanismo apresentou o resultado da pesquisa realizada no entorno do Complexo Arena Pantanal. O objetivo do estudo foi mostrar o que os cidadãos esperavam desta obra realizada para a Copa do Mundo de 2014, mas que hoje é considerada por muitos usuários um complexo de lazer.
Segundo o coordenador do projeto “Cuiabá para pessoas” e responsável pela pesquisa, Abílio Brunini, o recolhimento dos dados ocorreu no mês de março e abril deste ano e teve a participação de 65 universitários.
“Após um encontro com o arquiteto da Arena, Sérgio Coelho, o grupo constatou que o estádio estava abandonado, com muito lixo, sem segurança, numa situação desconfortável para a população. Então tivemos uma iniciativa juntamente com o governo do Estado e fizemos a pesquisa para saber o que as pessoas queriam”.
Foram entrevistados 850 pessoas, entre comerciantes, vizinhança e usuários do entorno do estádio. De acordo com Brunini, essa entrevista levantou diversas problemáticas, entre elas questões como segurança, iluminação e limpeza.
“Levamos para o Estado os 5 principais itens, banheiros, iluminação, segurança, lixo e bebedouro. Isso era o que a população mais reclamava. O governo conseguiu resolver 4 destes, o bebedouro por uma questão de logística não deu”.
Os maiores problemas citados foram: 96,2% banheiros, 86,5% lixo, 80,6% bebedouros e 80,6% policiamento. A falta de bancos ficou com 63,5%, já a de quadras marcou 55,8%. O bicicletário, que ainda não foi resolvido, também acabou sendo lembrado pelos usuários com 48,1%. A iluminação teve 40,4% de citações.
Em fevereiro, o governador Pedro Taques (PDT) declarou que estudava qual destino iria dar à Arena Pantanal. Construída para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, hoje o estádio causa prejuízo financeiro ao Executivo, que chega a R$ 800 mil por mês, devido à falta de público nos campeonatos estaduais.
Na época, o governador revelou que analisava três possibilidades. A primeira seria vender o estádio, a outra seria reabrir o projeto de concessão e, por último, o Estado bancar a arena. Conforme a Secretaria de Cidades (Secid) ainda não há uma resposta sobre o destino da Arena Pantanal.
Fonte: Gazeta