Exposição mostra primeiros registros fotográficos de Cuiabá
| 11 de julho de 2013 |
São 90 imagens fotográficas de profissionais de diversos países
Exposição fotográfica Cuiabá 1960
Os primeiros registros da capital mato-grossense serão expostos a partir desta quarta-feira (10), no Pavilhão das Artes, na mostra de 90 imagens fotográficas que compõem o livro “Imagens da Cidade – Dos primeiros registros à década de 1960”, da historiadora Maria Auxiliadora de Freitas.
A exposição, que apresenta obras de 38 fotógrafos de diversos países que aqui chegaram, ficaram e fizeram sua história, será lançada às 16h, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC).
A edição do livro já está esgotada. A autora promove a exposição comemorativa dos 294 anos de Cuiabá com as fotografias de Arturo Peres e sua esposa japonesa, Elza Kozani Peres; de Foto Rubens e dos irmãos Ferrari, assim como eram conhecidos; do francês Pierre Marret, e dos primeiros fotógrafos que registraram as percepções do cotidiano e arquitetura do povo cuiabano, Lázaro Pappazian, e pelo japonês Mitú, que chegou na capital com 15 anos.
“O material iconográfico, muito rico, nos leva a recompor a fisionomia e o quadro visual da cidade de Cuiabá. De maneira irretocável, vai mesclando os séculos por meio das imagens, revelando suas semelhanças e suas diferenças”, descreve a professora Lúcia Helena Gaeta Aleixo, doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com um dos maiores arquitetos reconhecidos em Cuiabá pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Júlio De Lamônica Freire, já falecido, ele cita em seu livro “Por uma poética popular da arquitetura” que a capital, no século 17, apresenta um desenho barroco de ruas tortuosas e estreitas, topografia movimentada, becos largos e praças.
O espaço produzido reflete, nas curvas meandros da malha urbana, a ondulação do relevo, e também a sinuosidade dos rios Coxipó e Cuiabá, labirintos dos corixos e vazantes do Pantanal.
“A luminosidade intensa e o calor escaldante se infiltram no desenho da cidade, na sua paisagem de entorno, ajudando a compor o equilíbrio telúrico do ambiente cuiabano”, relata o arquiteto.
A exposição fica aberta até 30 de setembro, no Pavilhão das Artes, no Palácio da Instrução, no centro de Cuiabá, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h.
Livro
O livro é dividido em quatro capítulos. Nesta obra a autora cuiabana, historiadora da UFMT pelo Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional (NDIHR) e doutora em Fotografia Cultura e Representações, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, realiza um minucioso levantamento de imagens dos mais variados acervos, ao tempo em que brinda o leitor com um inventário de fotógrafos que atuaram na cidade.
Construindo assim um referencial precioso para a historiografia, utilizando-se da fotografia como documento histórico.
Fonte:Midia News e CAU/BR