Ponte precária deixa moradores de comunidade de Cuiabá em risco
24 de fevereiro de 2015 |
Defesa Civil alertou que veículos pesados não podem passar pela ponte.
Secretaria de Infraestrutura de Estado informou que vai verificar a situação.
Uma ponte na comunidade Porto Bandeira, em Cuiabá, que dá acesso às comunidades vizinhas, Tarumã e Sucuri, está em péssimas condições. A madeira apodreceu e faltam algumas tábuas, colocando em risco os moradores que precisam passar pelo local. Uma placa da Defesa Civil alerta que a ponte não suporta veículos com mais de uma tonelada. No entanto, os moradores alegam que a recomendação não tem sido respeitada.
A Secretaria de Infraestrutura de Estado (Sinfra) informou que vai enviar um engenheiro até o local para saber o real estado da ponte e, depois disso, irá se pronunciar sobre as medidas a serem tomadas.
“Pelo andar da ‘carruagem’, pelas chuvas e pela qualidade da madeira, acredito que não demora muito [para a ponte cair]. Estarmos dando uma volta pela Estrada da Guia para sair daqui. Isso prejudica tanto os moradores e as crianças que já iniciaram as aulas. O ônibus escolar não pode mais passar”, disse o economista João Maciel.
Em 2010, havia um ponte de ferro que caiu quando uma carreta pesada passou sobre ela. Depois disso, outra ponte de madeira foi construída naquela comunidade. Já em 2013, outro acidente foi registrado nessa ponte. Um ônibus que estava a caminho da escola, com 26 criança à bordo, ficou pendurado na ponte, com uma roda para baixo.
Segundo os moradores, a chuva e a falta de manutenção contribuíram para o estado em que a ponte se encontra. Quando o o rio enche, a água passa por cima da ponte. Muitas tábuas de sustenção se quebraram.
O caminho pela ponte é o mais curto para quem sair de Porto Bandeira em direção a Cuiabá. Da ponte até o Bairro Santa Rosa, a distância é de 10 km. Sem a ponte, a distância aumenta três vezes mais, passando pelo Distrito de Nossa Senhora da Guia.
Ézio Roberto Ojeda, advogado e morador da região, também se diz preocupado com a situação. “Vai esperar acontecer um acidente fatal para tomar providências? Por aqui passam famílias, crianças, gente humilde, trabalhadora. Temos que dar a volta pela Estrada da Guia, andamos o dobro da distância”, reclamou.
Fonte: G1