Projetos brasileiros participam da 15ª Mostra Internacional de Arquitetura
13 de abril de 2016 |
Evento acontecerá de 28 de maio a 27 de novembro e contará com pavilhão brasileiro
Anunciados pela Fundação Bienal de São Paulo, 15 projetos brasileiros irão participar da 15ª Mostra Internacional de Arquitetura – Bienal de Veneza 2016, que acontecerá de 28 de maio a 27 de novembro. Entre eles, está a Casa da Vila Matilde, residência que custou R$ 150 mil e ganhou o prêmio Building of The Year 2016, do site Archdaily, como de Melhor Casa do Mundo. O pavilhão do Brasil busca mostrar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças. A casa da Dona Dalva foi destaque da campanha do Dia do Arquiteto e Urbanista 2015 do CAU/BR, cujo tema foi justamente a “Arquitetura Transformando Vidas”.
O curador escolhido pela Bienal de São Paulo foi Washington Fajardo e apresentará a mostra “Juntos”, em resposta à proposição de Alejandro Aravena, diretor da 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza – Reporting from the front. Fajardo é presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural. Alejandro Aravena, arquiteto chileno que será o diretor da 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, também foi o vencedor do Prêmio Pritzker 2016, o mais importante reconhecimento no campo da Arquitetura do mundo. Mais conhecido mundialmente pela sua atuação em habitações de interesse social, está à frente do projeto “Elemental” e já construiu mais de 2.500 unidades de baixo custo.
Em entrevista publicada no jornal O Globo, Alejandro aprofunda sua visão de como os arquitetos podem contribuir para melhorar a qualidade de vida nos ambientes urbanos. “A escassez traz a necessidade de justificar as operações que você faz. A escassez de recursos torna obrigatória a abundância de sentidos”, disse na entrevista. Leia aqui. A exposição reúne processos e seus estados da arte, que podem estar concluídos, em projeto, por fazer ou inacabados. São processos que falam de arquitetura, urbanismo, patrimônio cultural, publicações, ativismo e tecnologia social. Por isso vídeos, fotos, cartas, artigos, poesias, textos, fatos, desenhos e dados também fazem parte da mostra, “compondo um memorial para estas vidas imbricadas na melhoria do ambiente construído, nas suas comunidades, no resgate de um modo de ser e saber”.
Confira abaixo os projetos selecionados
Casa da Vila Matilde (Danilo Terra, Pedro Tuma, Fernanda Sakano, Terra e Tuma Arquitetos Associados, São Paulo)
Vila Flores (Goma Oficina, Porto Alegre)
Selo de Qualidade MCMV (Nanda Eskes, do Atelier 77, Parauapebas, Pará)
Parque + Instituto Sitiê (Pedro Henrique de Cristo e Caroline Shannon de Cristo (+D Studio), Rio de Janeiro
Parque de Madureira (Ruy Rezende, Rio de Janeiro)
Casa do Jongo (Pedro Évora e Pedro Rivera, Rua Arquitetos, Rio de Janeiro)
Circuito da Herança Africana (Sara Zewde, Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Rio de Janeiro)
Circo Crescer e Viver (Rodrigo Azevedo, AAA_Azevedo Agência de Arquitetura) e Maxime Baron, Rio de Janeiro
Escola Vidigal (Brenda Bello e Basil Walter, BWArchitects, Rio de Janeiro)
Escola Novo Mangue (Bruno Lima, Francisco Rocha, Lula Marcondes, O Norte Oficina de Criação, Recife)
Placas de Rua da Maré (Laura Taves, Azulejaria, Rio de Janeiro)
Ciclo Rotas do Centro Clarisse Linke (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento – ITDP Brasil), Zé Lobo (Transporte Ativo), Pedro Rivera (Studio-X), Rio de Janeiro
Programa Vivenda (Fernando Amiky Assad, Igiano Lima de Souza, Marcelo Zarzuela Coelho, São Paulo)
Complexo Jardim Edite (Fernando de Mello Franco, Marta Moreira e Milton Braga (MMBB); Eduardo Ferroni e Pablo Hereñú (H+F), São Paulo
Piseagrama (Fernanda Regaldo, Renata Marquez, Roberto Andrés e Wellington Cançado (editores)
Fontes: O Globo, Vitruvius, CAU/BR