Tragédia no Perpétuo Socorro reflete a ausência de Planejamento Urbano, diz CAU/AP
5 de novembro de 2013 |
Um acidente ocorrido no Bairro Perpetuo Socorro destruiu cerca de duzentos e cinquenta moradias deixando mais de mil pessoas desabrigadas, reflete a falta de infraestrutura urbana e a reduzida aplicabilidade de planejamento urbano. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo tem defendido a necessidade de construir e aplicar instrumentos de política pública que possam contribuir em médio prazo com alternativas concretas e viáveis para a melhoria da qualidade de vida urbana.
Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amapá (CAU-AP), José Alberto Tostes, é preciso que as tragédias urbanas sejam vistas sob a ótica da causa e não do efeito, torna-se vital oportunizar ampla discussão com a sociedade no sentido de propor soluções compatíveis com a reestruturação urbana de áreas degradadas.
“Ao longo de décadas tem sido cômodo para os governos em todas as esferas agirem de forma pontual e menos estrutural. Nesta última década, concentrou-se investimentos basicamente na construção de casas através dos programas Minha Casa Minha Vida e do PAC, a revitalização ou reestruturação de áreas informais principalmente as proximidades de áreas centrais ou ribeirinhas, típicas da região amazônica ficaram em plano secundário. Este pensamento pragmático de pensar o desenvolvimento urbano das cidades no Brasil tem provocado profundos danos, não somente de natureza material, mas de ordem psicológica e principalmente na alteração dos níveis mínimos de qualidade de vida urbana”, comenta o presidente.
“Os recursos gastos para a reconstrução das cidades atingidas por algum tipo de tragédia estão resumidas na construção de moradias. Os investimentos de prevenção ficam alheios a sociedade, tais medidas evitariam danos acentuados. Neste tipo de episódio, é válido repensar a aplicabilidade do Plano Diretor e a definição de uma agenda de projetos para à cidade, de forma consistente e duradoura”, finaliza.
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Fonte: CAU/BR
Comunicação CAU/MT