Maluf sugere entregar VLT a iniciativa privada
5 de fevereiro de 2015 |
“Não podemos deixar que essa obra se transforme em mais um elefante branco”, diz deputado
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), defende a continuidade das obras de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) por parte do governo do Estado. O parlamentar tucano afirma que caso isso seja inviável, irá sugerir ao governador Pedro Taques (PDT) que entregue as obras nas mãos da iniciativa privada para que ela seja concluída.
Para ele, a implantação deste novo modal de transporte não pode se transformar em mais um elefante branco no Estado. Além do mais, acrescenta que é uma das intervenções mais esperadas pela população, tendo em vista o precário serviço de transporte coletivo que é oferecido atualmente.
“Se o Estado não tiver condições de dar continuidade nesta obra, eu defendo que seja entregue para a iniciativa privada. O que não podemos é deixar essa obra parada para que ela se transforme em mais um elefante branco em nosso Estado, assim como aconteceu com o Hospital Central. Já foi investido recurso nesta obra e ela deve ser concluída de uma forma ou de outra”, enfatizou Maluf.
Na próxima segunda-feira (9) está marcada uma audiência pública, onde Taques irá apresentar a real situação da obra, tanto estrutural quanto financeira. O pedetista já adiantou que “o VLT será o maior escândalo da história deste Estado”.
Sem elencá-las, o chefe do Executivo estadual afirma que foram encontradas diversas irregularidades no processo de implantação deste modal. “Muita coisa foi identificada”.
Taques lembra que, como senador, sempre se posicionou contra o VLT, obra orçada em R$ 1,477 bilhão e que já teria consumido cerca de 60% do valor, sendo que não há nem mesmo previsão de término.
Esta é uma das obras da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo. Ainda existem várias outras inacabadas nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande e com indícios de superfaturamento, desvio de recursos e falhas técnicas.
Além disso, outras obras que foram entregues a tempo do evento já apresentam problemas estruturais, como a do viaduto da Fernando Corrêa, na rotatória da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Os contratos com as empreiteiras responsáveis pelas obras estão sendo auditados pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) analisa quais medidas jurídicas podem ser tomadas pelo Estado, dentre elas o ressarcimento.