Contenção da encosta do Despraiado segue paralisada
15 de abril de 2015 |
Apesar da última família que ainda permanecia no Morro do Despraiado, que fica na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, ter deixado o local, no último domingo (12), ainda não há previsão para reinicio dos trabalhos de contenção da encosta. Orçados em R$ 1,9 milhão, os trabalhos estão parados por conta do período chuvoso e devido à suspensão de contratos, que passam por auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE).
No local, 10 casas localizadas no topo do morro, na Rua Xavantes, que fica no bairro Santa Helena, foram desapropriadas pelo Governo do Estado, após terem sido condenadas pela Defesa Civil da capital devido a um desmoronamento de terra provocado por intensa chuva. O valor da indenização é da ordem de R$ 2,8 milhões.
Entretanto, cinco imóveis ainda precisam ser demolidos para que o retaludamento da encosta seja concluído, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cidades (Secid). Após, a área receberá ainda uma manta sintética e cobertura vegetal. Mas, também não há data para que a demolição das residências aconteça.
A contenção no morro está entre as 20 obras da Copa do Mundo que tiveram os contratos renovados pelo governo do Estado na semana passada e que passaram a valer por mais 180 dias. O aditamento foi necessário para que passassem à responsabilidade da Secid, que irá estabelecer um cronograma físico e financeiro para finalização dos serviços.
A atual gestão alega que o governador anterior, Silval Barbosa (PMDB), não deixou recursos disponíveis para a conclusão dos trabalhos, sob a responsabilidade da empresa PPO Pavimentação e Obras Ltda. A encosta desmoronou no dia 12 de novembro de 2013. O problema teve origem com a construção do Viaduto Domingos Iglesias, mais conhecido como “Despraiado”. Isso porque para a realização da obra parte do morro foi destruída para o alargamento da Miguel Sutil, o que deixou o terreno instável.
Fonte: Folha Max