CAU/MT se manifesta contra investimentos do CAU/BR na UIA2020Rio
4 de junho de 2019 |
Em julho de 2020, será realizado o 27º Congresso Mundial de Arquitetos UIA2020Rio, promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA), com organização do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O evento é resultado de um contrato do IAB com a UIA, órgão consultivo da UNESCO para assuntos relativos ao habitat e à qualidade do espaço construído, composto por 124 países.
De acordo com a deliberação plenária nº 81 do CAU/BR, o plenário nacional autorizou a participação financeira no montante de €720.000 (setecentos e vinte e mil euros) que seriam destinados à UIA por meio do Convênio nº 001/2015 com o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Nacional, em seis parcelas anuais de €120.000 (cento e vinte mil euros).
Além disso, foi recomendado através da deliberação nº 007/2019 da Comissão Ordinária de Planejamento e Finanças do CAU/BR (CPFI-CAU/BR), a aprovação de proposta de utilização de R$6,5 milhões de superávit financeiro para custear um pavilhão do CAU no Congressos de Arquitetos Rio 2020. Essa recomendação feita pela CPFI-CAU-BR ainda deverá ser apresentada em Plenário para aprovação.
Considerando a deliberação nº007/2019 CPFI-CAU/BR, a questão foi levantada na 88ª Reunião Plenária do CAU/MT e conforme a deliberação plenária nº 948 foi definido posicionamento contrário do CAU/MT ao montante de dinheiro investido no evento, assim definido pelas deliberações acima citadas. Lembrando que apesar do valor investido pelo CAU, o profissional que desejar participar deverá pagar por sua inscrição.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso em sua contrariedade, destaca que os recursos a serem gastos com o Congresso, são desproporcionais com a realidade atual dos arquitetos e urbanistas e que a deliberação nº007/2019 da CPFI-CAU/BR não apresenta nenhum estudo ou parecer que sustentasse a legalidade e a importância desse repasse. Além dos diversos projetos voltados para a valorização profissional, que estão inviabilizados nos CAU/UFs e até mesmo no CAU/BR, por falta de recursos.
Conforme a pesquisa CAU/BR-Datafolha realizada este ano com 1.500 arquitetos e urbanistas e 500 empresas de arquitetura e urbanismo, questões como fiscalização e valorização profissional devem ser priorizadas pelo CAU. Podendo então, com esse valor em questão, atender as demandas dos profissionais.
O CAU/MT entende e apoia a realização do evento e a participação do CAU no mesmo, mas não apoia a utilização do superávit financeiros da autarquia para este fim. Outro CAU que demonstrou insatisfação com o documento, foi o CAU/MS. Clique e confira a nota de posicionamento da instituição.
Giovanna Fermam, Comunicação CAU/MT