Debate sobre os Retratos de Cuiabá: passado, presente e futuro
11 de abril de 2016 |
O Painel de debates com o tema “Cuiabá Retratos: Passado, Presente e Futuro” aconteceu nessa noite de terça-feira (05/04), no Museu Histórico de Mato Grosso. O evento produzido pelo Instituto de Desenvolvimento e Planejamento Urbano em parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, foi em comemoração a semana de aniversário da cidade. Os diferentes olhares trazidos por diversas áreas de saberes, como a comunicação, história, artes plásticas e a arquitetura e urbanismo, ajudaram a esclarecer o passado, o presente, e o futuro da Cuiabá que queremos.
O Superintendente do IPDU, Benedito Libânio, disse que os conhecimentos compartilhados são importantes na elaboração do Plano Diretor. A revisão do plano é obrigatória por lei, assim como a necessidade de se estabelecer um processo participativo. Os estudos tiveram início no ano passado com o intuito de gerar melhorias na qualidade de vida da população, crescimento econômico e desenvolvimento urbano. Recentemente foi realizado pela Prefeitura o ato de lançamento de revisão do Plano Diretor de Cuiabá.
O Presidente do CAU/MT, Wilson Fernando Vargas de Andrade, falou da necessidade da inserção do arquiteto e urbanista na discussão do modelo de cidades. Pois convivemos em nosso dia a dia com diversos problemas, sendo que esse profissional é capaz de integrar todas as demais áreas de conhecimento para produzir uma solução eficiente para a cidade. O debate, portanto, é fundamental para o resgate dos espaços públicos, da vida social, urbana, valorização da arte, do patrimônio e do meio ambiente.
O primeiro painelista da noite foi o professor Moisés Martins, Imortal da cadeira na Academia Mato-grossense de Letras. Ele afirmou falar com a alma, declamou poesia, contou a história em versos. Passou por todos os eventos determinantes na construção de nossa cidade, ressaltou pessoas esquecidas pelo tempo, falou do modo de viver cuiabano e as mudanças urbanísticas.
O Jornalista Onofre Ribeiro apresentou a Cuiabá do futuro. Ele disse acreditar que nossa cidade é um dos principais centros de difusão econômica, políticas e espiritual. Afirmou também que nossos jovens são aqueles que olham para o futuro e quebram os paradigmas estabelecidos. Eles buscam em Cuiabá um ambiente econômico de empreendedorismo e qualidade de vida com espaço de convivência.
O palestrante Jonas Barros, artista plástico, falou sobre a história das artes visuais na capital, ressaltando ações de ocupação da cidade que acompanhou ou auxiliou no desenvolvimento. Entre elas o artista citou exemplos na UFMT, Santa Casa, Mercado do Porto, Rodoviária, Palácio do Governo, faculdades, painéis, viadutos e fachadas de edifícios. Por fim, abordou a necessidade de inventariar, reunir e conservar todo esse material.
A apresentação de encerramento foi da arquiteta e urbanista Silvia Faria, que através de sua visão técnica apontou futuros possíveis para a capital. Ela falou sobre os problemas que a falta de planejamento pode gerar para a cidade, como falta de infraestrutura urbana, problemas habitacionais, de mobilidade, falta de investimento. Para solucioná-los a arquiteta falou de tendências como o novo urbanismo e o conceito de cidades inteligentes. Por fim apontou a necessidade de uma gestão democrática da cidade, e a participação no Plano Diretor na construção da Cuiabá que queremos.
Comunicação CAU/MT