Jovens artistas ocupam o MuBE com arte contemporânea
1 de agosto de 2013 |
Exposição sem curadoria pretende discutir as possibilidades de uso do edifício concebido por Paulo Mendes da Rocha
Betão à vista, no jargão da engenharia ou da arquitetura lusitanas, significa estrutura de concreto aparente. O edifício-sede do Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), uma das obras mais significativas do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (1928), por exemplo, foi erguido em concreto aparente – com betão à vista, portanto. Inaugurado em 1995, tem sido ocupado por não só por mostras artísticas, mas também por eventos comerciais sem qualquer preocupação cultural, como feiras, lançamentos de produtos e desfiles. Por conta disso, há anos sua função vem sendo questionada.
Uma exposição concebida pelo artista Alberto Simon e chamada justamente de Betão à Vistapropõe revelar as possibilidades de uso do edifício e discutir as interações entre arte e arquitetura. Sem curador ou eixo temático, o próprio Simon e os criadores Adriano Costa, Christoph Keller, Debora Bolsoni, Deyson Gilbert, Erika Verzutti, Layla Motta, Lucas Simões, Paulo Monteiro, Raquel Uendi e Roberto Winter levam suas instalações, esculturas, pinturas e fotografias – muitas delas inéditas – para o espaço do MuBE. São obras que dialogam com o marcante edifício e com ele estabelecem tensões e relações. Os artistas convidados – nomes que vêm se destacando no cenário brasileiro e internacional – tiveram liberdade para escolher os trabalhos que queriam apresentar.
BETÃO À VISTA De 2/8 a 18/8, ter. a dom. 10h/19h. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE): Av. Europa, 218, Jardim Europa, tel. 2594-2601. Grátis.
Fonte: Época